Por Dra Wany Lana
Quando falamos em método contraceptivo ou anticoncepcional nos referimos às formas de impedir ou reduzir a chance de uma mulher engravidar após uma relação sexual.
Existem vários métodos anticoncepcionais, alguns mais simples e de baixo custo e outros mais complexos e caros. Alguns métodos contraceptivos são temporários e outros definitivos.
Não existe o método contraceptivo perfeito e sim o método contraceptivo adequado para aquele casal ou a aquela mulher em um momento determinado da vida.
Todos os métodos contraceptivos têm suas vantagens e desvantagens. Após a gestão o corpo da mulher está passando por uma fase especial e merece maior atenção.
A escolha do método contraceptivo também deve ser embasada em algumas premissas tais como:
- a frequência das relações sexuais.
- desejo de método de curto, médio ou longo prazo
- dificuldade ou não na ingestão de comprimidos diariamente, sem esquecimento.
- se a finalidade da utilização do método anticoncepcional é só anticoncepção ou deseja utilizá-lo como proteção a DST, tratamento hormonal, diminuição e regulação do fluxo menstrual
- qual é o recurso financeiro que se dispõe.
- quais são as doenças que essa mulher possui e como esse método pode interferir no tratamento utilizado.
A adesividade/fidelidade ao método anticoncepcional é importante porque aumenta a eficácia do método e promove saúde física e psicológica para a mulher.
Inicialmente, vamos fazer uma revisão rápida sobre os tipos de métodos anticoncepcionais e algumas particularidades sobre eles. Veja abaixo os diferentes tipos de métodos contraceptivos disponíveis.
Métodos de barreira: baseiam-se em criar uma barreira física ou química entre os espermas ejaculados e o útero da mulher. Os mais comuns são: camisinha (condon) masculinos, camisinha feminina, Diafragma e Espermicida.
Métodos hormonais: se baseiam na utilização de hormônios sexuais femininos (derivados da progesterona e o estrogênio) para manipular bloquear os ovários e impedir a concepção. Os mais comuns são: Pílula anticoncepcional, Anticoncepcional injetável, Adesivo anticoncepcional, Implante anticoncepcional e Anel vaginal.
Métodos permanentes: através de diferentes técnicas cirúrgicas, o objetivo destes métodos é esterilizar o homem ou a mulher, tornando-os inférteis de forma definitiva. Nos últimos anos e com o desenvolvimento das técnicas de reprodução assistida e novas técnicas cirúrgicas, mesmo os pacientes que optaram por esse método, podem voltar a ter filhos. São eles: Vasectomia e Ligadura tubária.
Métodos anticoncepcionais intrauterinos: mais conhecidos como DIU (dispositivo intrauterino), são um dos métodos contraceptivos mais seguros, confortáveis e eficazes. Esta é uma forma de contracepção que vem ganhando bastante popularidade nos últimos anos, sendo a mais indicada por muitos médicos ginecologistas.
Esse método é muito indicado para a fase pós parto pois o DIU está entre os métodos contraceptivos mais seguros, confortáveis e eficazes.
Veja também: Como escolher o melhor método anticoncepcional?
Tipos de DIU
Os tipos de Diu podem ser dividido em dois grandes grupos:
- DIUs não medicamentosos: são apenas hastes de plástico ou aço inoxidável, atualmente não mais são usados.
- DIUs medicamentosos: esses dispositivos além das hastes, contêm substâncias impregnadas nesta matriz que aumentam a eficiência do método. São eles: Diu T de cobre, Diu multiloadⓇ de cobre, Diu hormonal (MirenaⓇ) e Diu Silverflex.
Eficiência do DIU de cobre/hormonal x outros anticoncepcionais.
O DIU medicamentoso é um método contraceptivo que apresenta uma menor taxa de falha. Na literatura obtemos dados comparativos das falhas dos diferentes métodos anticoncepcionais. A porcentagem se refere à taxa de falha do método por ano.
- Vasectomia: 0,15% (significa que a cada 1000 mulheres usuárias 1,5 engravidam com o método/ por ano).
- Ligadura de trompas: 0,5% (significa que a cada 1000 mulheres usuárias 5 engravidam com o método/ por ano).
- DIU: 0,6% (significa que a cada 1000 mulheres usuárias 6 engravidam com o método/ por ano).
- Anticoncepcional oral*: 0,3% a 7% (significa que a cada 1000 mulheres usuárias 3-70 engravidam com o método/ por ano).
- Anel vaginal*: 0,3% a 8% (significa que a cada 1000 mulheres usuárias 3-80 engravidam com o método/ por ano).
- Camisinha*: 2% a 15% (significa que a cada 1000 mulheres usuárias 20-150 engravidam com o método/ por ano).
- Coito interrompido*: 4% a 27% (significa que a cada 1000 mulheres usuárias 40-270 engravidam com o método/ por ano).
Deve ser levando em conta na escolha do método anticoncepcional após o parto, o tempo decorrido após o parto:
- no pós operatório imediato o uso de métodos com hormônios não será a melhor escolha, seja pelo aumento do risco de eventos trombóticos, seja pela passagem do hormônio via aleitamento para o recém nascido.
- ação a colocação do Diu imediatamente após o parto é uma possibilidade, mas deve ser considerando o risco de deslocamento ou expulsão do Diu durante as contrações uterinas que são de fundamental importância para a restauração do útero.
- a utilização de anticoncepcionais compostos unicamente de derivados da progesterona são os mais indicados por serem os mais seguros, ressaltando aqui o uso de implante subcutâneo, anticoncepcionais orais ou injetáveis de depósito (a partir de 45 dias pós parto).
- após o término do aleitamento a indicação do método anticoncepcional passa a ser a mesma utilizada antes da gestação, considerando os riscos de cada paciente.
Escolha seu anticoncepcional com carinho e cuidado. Peça ajuda ao seu médico(a). Um método que é contra indicado para uma paciente poderá ser o mais indicado para você. Seu corpo e seus objetivos é o que deve guiar essa escolha.
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